30 de janeiro de 2011

29 de janeiro de 2011


Se o homem buscasse a conhecer-se a si mesmo primeiramente, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos. O Que nós temos de fazer é manter viva a esperança. Porque sem esperança nós todos vamos naufragar.

John Lennon

28 de janeiro de 2011

Necessidades


E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.
Ana Jácomo

I'm not calling for a second chance,
I'm screaming at the top of my voice.
Give me reason but don't give me choice.
'Cause I'll just make the same mistake again.

27 de janeiro de 2011

Pra vida, Com vida.


De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.

Fernando Sabino

Um momento para verdades


Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar.

Rubem Alves

26 de janeiro de 2011

Muito minha


Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente... Não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.

23 de janeiro de 2011

Inconsciência.

Wisky, Coca e Banana.
Eu não estou consciente.
Me sinto fora do corpo.
E eu não estou consciente.
Não sei se vou lembrar que fiz isso,
Porque não estou consciente.
Quero que tudo vá pro inferno,
Afinal, eu não estou consciente.
Quero esquecer e lembrar de muitas coisas,
mas estou inconsciente demais para saber.
Me sinto dormente, fora do corpo.
Inconsciente, primeira oportunidade,
eu não estou consciente.
Parece que algo me manipula
e meus reflexos não são meus.
Talvez porque eu não esteja consciente.
As coisas parecem distantes, surreais.
É assim que se fica inconsciente.
Eu me sinto deslocada, por fora e incluída.
Culpa da inconsciência.
O teclado do meu computador está um merda.
E isso não tem nada a ver com a minha inconsciência.
O shift não funciona,
Nada diferente da minha vida que está sem funcionalidade há um tempo.
Inconsciente e apesar disso, me sinto bem.
Estar fora de mim me faz bem.
É estranho, mas prazeroso.
Hedonismo puro.
Saudades de tanta coisa.
Mas o tempo só vai, não volta.
E esse estado de inconsciência me inspira.
Me faz flutuar, literalmente.
E eu não julgava isso possível.
Jamais havia me sentido assim.
Allgo estranho em mim não me deixa ser eu.
Isso é possível.
Preciso de interrogações.
Mais do que isso, preciso de respostas.
Algo me domina e essa algo não sou eu.
Isso é a definição de inconsciência.
Não sei, é a primeira vez.
O estado de caloura me fez sentir assim.
Caloura em todos os sentidos.
Calma, tem algo estranho.
Eu deixei de ser dona de mim, e agora?
Tenho que recorrer a mapas?
Voltar ao começo vai me fazer esquecer o final.
Ou não. Prefiro não voltar atrás.
Talvez quando eu recobrar a consciência eu possa cuidar disso.
Mas antes, preciso cuidar de mim.
Estou frágil, fragilizada.
O gosto ruim do começo trás uma sensação engraçada como consequência.
Nem sempre é possível voltar atrás e corrigir as coisas.
Como eu fiz agora.
A vida é bem mais complicada que um poema embriagado.
E nem toda embriaguez traz inspiração.
Essa trouxe, graças a Deus.
Ah, Senhor, aguardo orientações.
Me sinto fraca pra continuar sem ajuda.
Me sinto impotente.
E sou.
É desesperador e animador ao mesmo tempo.
Os sentimentos dos seres humanos são incríveis.
Mas, queria não sentir por um tempo.
Minutos. Segundos.
Agora eu sinto.
Estranhamente eu sinto algo novo.
O gosto que eu sempre quis saber.
Sempre quis experimentar.
Mas, sozinha.
É esquisito. E engraçado.
É maravilhoso não ter regras a seguir.
Como a regra da crase por exemplo.
Que se foda.
Eu gosto de pontos finais em textos.
Me faz realizar a vontade de terminar muitas coisas na minha vida.
Coisas que eu empurrei com a barriga.
Coisas que me destruiram, mas me construiram.
Acho que preciso dormir.
A melhor parte do dia é o sono.
O prazer da inconsciêcia.
E é nele que vou me jogar agora.
Corrigir pontuação é necessário.
Em todas as interpretações.
E eu já não me lembro de como comecei.
Nem do que fiz.
É hora de ir.
Inconsciente.

Por Gabriele Fernandes
03 47 a.m.

E eu passei no vestibular.

Há uns anos eu achei uma comunidade e me identifiquei de cara, participei e fiz daqui uma meta, mesmo que de forma inconsciente. Eis aqui a descrição.


Ah... Quando eu passar no vestibular...
Eu vou chegar em casa, quebrar a TV e gritar "NINGUÉM RECLAMA, QUEM MANDA AQUI SOU EU!"
Eu vou sair pelo Nordeste viajando por todas as praias e surfando até em poça de lama.
Eu vou pagar uma babá pra me dar comida na boca e trazer pinico preu num ter que sair da rede.
Eu vou aprender Alemão, Japonês e Inglês.
Eu vou tocar violão, baixo, bateria e gaita.
Eu vou dormir tarde e acordar tarde, dormir cedo e acordar tarde, não dormir e passar três dias acordado.
Eu vou beber dois barris de chopp, três garrafas de vinho, 1 grade de cerveja e 2 litros do uísque mais caro do super-mercado.
Eu vou fazer uma camisa com letras garrafais "EU SOU FODA" e usá-la quando for mandar cada um que disse que eu não passaria "tomar no cú"!
Eu vou chegar pro primeiro policial que encontrar na rua e mandá-lo pruma porra, e se ele achar ruim eu digo logo: "Você sabe com quem você tá falando? EU PASSEI NO VESTIBULAR!"
Ah, quando eu passar no vestibular.


Bem, chegou a hora. Eu passei no vestibular. Sem muitas pressões, sem martírios extremos. Eu me dediquei, fiz o melhor que pude, dei o melhor de mim e passei. Agora tem um mundo completamente novo e desconhecido a minha espera. Eu vou dar um passo enorme, o maior que já dei até hoje, vou definir o rumo da minha vida. Fiquei imensamente feliz com as aprovações, mas fiquei assustada na mesma proporção. Não fiz nada do que a descrição dizia. A minha reaçãoincontida foi o pavor da escolha, o medo de decidir errado e me arrepender depois. E ainda estou nessa. Não sei que rumo tomar, não sei o que fazer e em meio aos muitos Parabéns que eu recebo por ter sido aprovada, eu procuro um caminho, uma mãozinha, uma luz que me auxilie a seguir em frente e a fazer a coisa certa, mas quem tenta me ajudar só consegue me confundir ainda mais. Sei que é uma decisão minha, mas o fato de ser independente me encanta e me assusta. Não tenho todo tempo do mundo e depois da decisão tomada eu não vou poder voltar atrás. E é isso, nesse mar de incertezas eu estou procurando por um farol, uma estrela guia, ou qualquer outra coisa que me ajude. Em meio a tudo isso eu só sei agradecer, agradecer muito por todas essas bênçãos e privilégios. A vida agora está me esperando de braços abertos. Chegou o momento pelo qual eu sempre esperei e agora quero que seja tão perfeito quanto nos meus sonhos.

O domingo tá acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo. Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem. Tenho regressões a estados antigos, às vezes, mas reajo, procuro me manter ligado às coisas novas que descobri. Mas tudo fica e se sucede — quase nunca dá tempo de você se orientar, escolher — não gosto de me sentir levado — e aqui não dá tempo. Muitos grilos agindo, muita dúvida, umas voltas de insegurança. Faz tempo ando transferindo uma porção de providências — como é que a gente faz pra se manter sempre alerta? Eu não agüento tanta atividade física e mental.
CFA

16 de janeiro de 2011

Da televisão.

A grande questão a ser respondida pelo homem, não é quem sou, mas o que desejo. Nós somos definidos pelos nossos desejos, pelas escolhas que fazemos influenciados por eles. Mas por que os seres humanos costumam fazer coisas que não querem ou que não sabem que querem? Por que costumamos ser tão cegos aos nosso próprios desejos? Essas são as perguntas que nem Freud nem qualquer estudioso da mente humana jamais conseguirá responder com perfeição. Porque além do nosso grande desconhecimento sobre nós mesmos somos confrontados com o acaso ou um acidente o tempo todo.. Mas ainda assim, perdidos em meio ao caos de uma teia de coincidências, os seres humanos conseguem ter momentos plenos de felicidade e sentido, e é neles que conquistamos a impermanência.

Afinal, o que querem as mulheres.
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