24 de novembro de 2013

Tudo que vai, volta. Tudo bem, nem tudo. Mas você vai voltar, é uma previsão fácil. Você não foi o primeiro a ir embora, a abandonar o barco. Apenas resolveu sair e eu não tenho culpa da sua desistência. A minha única culpa foi a insistência. Meu único erro foi achar que minha vontade era o suficiente pra te manter por perto. Mas erraria assim um milhão de outras vezes. Insistiria em você infinitas vezes se você tivesse algo pra me dar. Sua capacidade de me amar foi limitada, você me deu muito e de repente, nada. Nada. Apenas a minha sensação de impotência ao me dar conta de que já não era mais uma parte importante da sua vida. Um baque, uma dor física acompanhando o gosto tão familiar do fracasso. Tão familiar quanto aquela certeza bem lá dentro do coração de que isso vai passar e eu te lembrarei com saudade, e não mais com sofrimento. Saber que eu preciso passar por isso para aprender lições valiosas na vida, não é conforto suficiente para me sentir bem agora. Enquanto espero as mãos milagrosas do tempo apagarem essa angústia, eu me encho com a certeza de que você vai voltar. Como já vi outras vezes, verei você voltar e mesmo não te querendo de volta na minha vida, ficarei feliz. Mas, ainda assim, essa certeza não me alivia, porque sei que a satisfação da volta nunca irá superar a agonia da despedida. Você vai voltar, e não será o mesmo. Nem eu. Não seremos mais nós. E a felicidade de ver o seu arrependimento nunca será plena. O gosto agridoce da vingança não é tão bom quanto a realização das expectativas de que teríamos um futuro juntos. Mas vai passar. E a hora de lamentar é somente essa: agora. Também é hora de levantar a cabeça e retomar a jornada. Há muito por vir. E virá. 

18 de outubro de 2013


Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertencendo. Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você.
Caio F. Abreu
Ainda tenho a imagem dos seus olhos me mirando de baixo para cima. Como um Imã. 
Atraindo os impulsos que não sou capaz de controlar. Como o mar. 
Que ora repousa calmo e convicto de sua brisa quente. Como a gente. 
Ora cria ondas capazes de invadir a cobertura de um apartamento no deserto do Qatar. 

Ainda tenho a marca de suas unhas no meu peito. Como um leito. 
Que tem seus lençóis revirados e travesseiros arremessados na parede. Como a sede.
Que esfola o tecido frágil vindo do ventre do estômago e nunca some. Como a fome.
Sinto o cheiro das suas entranhas na palma das minhas mãos.

Ainda tenho a beira dos meus ouvidos seu sussurro. Como um murro.
Que atinge o crânio na velocidade de um expresso com a pressa da salvação. Como um cão.
Que vaga em sua matilha feroz e sedento por carne crua. Como a sua...
Que devorei como se fosse um canibal.

Como, como se fosse um Canibal.

Tico Santa Cruz

19 de agosto de 2011


Então, saí do táxi pronto para dizer tudo isso. Pronto para explodir, daí então... Todo o ódio desapareceu. E foi isso. Naquele momento eu não estava mais com raiva. Percebi que Stella nasceu para ficar com Tony. Crianças, se vocês acham que as únicas opções que têm são engolir a sua raiva ou jogá-la na cara de alguém, há ainda uma terceira opção. Você pode apenas, abrir mão de tudo. E só depois que fizerem isso, é que acabará. E poderão seguir com as suas vidas. E então, crianças, foi o final perfeito de uma história de amor perfeita. Só que não era a minha. A minha ainda estava lá fora, esperando por mim.
How I Met Your Mother - 4ª Temporada - 6º Episódio

13 de agosto de 2011

O Caderno



Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o bê-a-bá
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais
Você vai ver
Serei de você confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer

Só peço a você um favor
Se puder
Não me esqueça num canto qualquer
Toquinho

11 de agosto de 2011


Amar não significa sacrificar partes de si mesmo.
O todo é maior que a soma das suas partes.
Matemática do Amor

9 de agosto de 2011



Todos acharão o amor, Harry. É só uma questão de tempo.

Harry's Law - 1ª temporada - 12º episódio